Walter Minhoca marca Souza. Jogo fraco justifica o placar em Campinas. Foto: Mateus Reche/Futura-Press
Com o empate por 1 a 1 diante do Ipatinga, a Ponte Preta desperdiçou mais dois pontos no Majestoso. Dos 15 disputados em casa até agora, a Macaca ganhou apenas oito. É muito pouco. Um time que quer subir para a Série A precisa ter esse aproveitamento como visitante. Diante da própria torcida, tem de ser de 80% pra cima.
A Ponte Preta teve mais posse de bola, lutou muito, atacou muito, mas cometeu duas falhas.
A primeira delas foi desperdiçar oportunidades. A Série B é tão equilibrada que mesmo um time com campanha tão ruim como a do Ipatinga consegue equilibrar partidas contra qualquer adversário.
A Macaca jogou dez vezes na Série B e nada menos do que oito partidas terminaram com placar igual ou com apenas um gol de diferença.
Quase todos os jogos são equilibrados e por isso cada boa chance perdida custa muito caro.
Na metade do primeiro tempo, a defesa do Ipatinga entrou em pane e permitiu que a Macaca criasse quatro ou cinco chances seguidas de abrir o placar. O gol não saiu e o Ipatinga deu sequência ao seu plano inicial de jogo.
Apesar das chances perdidas, a torcida seguiu empurrando o time durante todo o segundo tempo, até que Reis fez 1 a 0, já aos 38’.
Aí veio o segundo erro da Ponte, gravíssimo.
Jogo em casa, com menos de dez minutos para o final e contra um time fraco, desesperado e aberto. Não dá pra ceder o empate. É preciso valorizar a posse de bola, gastar o tempo e se possível explorar os vazios no campo adversário para definir a partida. A Ponte não fez nada disso, levou um gol aos 42’ e viu a distância para o G4 aumentar.
Na entrevista coletiva, Jorginho elogiou a equipe e disse que o placar não foi condizente com o que as duas equipes mostraram em campo. Concordo que o time se entregou, se posicionou bem e encurralou o Ipatinga. Mas o resultado foi reflexo do que os dois times mostraram.
A Ponte falhou em momentos cruciais e pagou caro por seus erros. Pagou com mais dois pontos preciosos perdidos no Majestoso.
Por Júlio Nascimento
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