sábado, 31 de julho de 2010

Rodada perigosa

Os dois times de Campinas podem terminar o final de semana na zona de rebaixamento. Para o Guarani, é muito difícil que isso aconteça, já que cinco de seus seis perseguidores teriam que ultrapassá-lo. Improvável, mas possível. Serve como alerta para um time que não vence há quatro rodadas e que ganhou apenas dois pontos depois da Copa do Mundo. A situação da Ponte Preta na Série B é mais complicada, por dois fatores. O primeiro é que os outros resultados da 11ª rodada não afetarão em nada o destino da Macaca. Se perder em Bragança, o time de Jorginho entra na zona de rebaixamento. Não tem conversa. Mas o mais preocupante é que, ao contrário do Guarani, a Ponte não precisa apenas se manter fora da zona do rebaixamento. Sua meta é terminar o campeonato na outra ponta da tabela e o fato de estar brigando lá embaixo é preocupante.

Zona de conforto
O Guarani abre a rodada em 12º lugar. Ocupa a última vaga dos classificados para a Copa Sul-Americana de 2011 e sua missão neste retorno ao Brasileirão estará mais do que cumprida se estiver no mesmo lugar ao final do campeonato. Se ficar entre 13º e 16º e permanecer na Série A, também estará de bom tamanho. Mas é extremamente aconselhável que o time se mantenha durante todo o tempo fora do alcance dos integrantes da zona da morte. Ficar entre os 12 primeiros é uma posição bastante confortável e o Guarani precisa evoluir para permanecer neste bloco.

Em comparação ao seu adversário de hoje, o Bugre está no paraíso. O Atlético-GO largou muito mal e encontra enorme dificuldade para se aproximar do cobiçado 16º lugar. A vitória sobre o até então invicto Corinthians não aliviou a situação do lanterna, que perdeu o jogo seguinte para o Vasco. Um empate hoje no Serra Dourada até que será razoável para o Bugre, mas para o Atlético será um desastre. É um jogo que os donos da casa precisam vencer a qualquer preço e o Guarani precisa tirar proveito desse desespero. Teoricamente, o Bugre terá espaço para contra-atacar. O Atlético-GO reforçou seu elenco, mas ainda está sem confiança e certamente não é um dos times mais fortes do campeonato, além de perder seu treinador em véspera de jogo. É uma boa chance para o Bugre quebrar seu jejum de vitórias.

Em Bragança
O jogo de Bragança é mais imprevisível. Jorginho testou o time com dois meias na quinta-feira, mas deve entrar em campo com três volantes. O empate é um resultado muito ruim para ambos. Com um ponto, os donos da casa permanecem na zona de rebaixamento e a Macaca se distancia ainda mais de seu objetivo. Resta saber quem vai se arriscar mais, quem vai tomar a iniciativa de agredir. O Bragantino tem o segundo pior ataque da Série B, com apenas oito gols em dez partidas. Mas sua defesa é a terceira melhor, com apenas 11 gols sofridos, um a menos do que a Ponte. Logo, o que o Braga tem de melhor é o seu sistema de marcação. É possível que Marcelo Veiga adote um esquema cauteloso, para atrair a o adversário.

A Ponte Preta não pode cair na armadilha do Braga para que não esteja ela em uma situação tão crítica na próxima rodada. O clube contratou reforços, ainda procura mais um meia e outro atacante. Sinal de que seu objetivo continua sendo o acesso à Série A. É um jogo de risco, fora de casa, mas contra um adversário que não ganha há oito rodadas. É jogo pra ganhar, mesmo na condição de visitante. 

Por Júlio Nascimento

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