terça-feira, 20 de julho de 2010

Olhemos para os lados...

Até o domingo a Seleção Brasileira vai ter o novo treinador. O homem escolhido por Ricardo Teixeira (sem consultar ninguém, segundo ele mesmo disse) vai ser obrigado a renovar o quadro de jogadores. É mais que um pedido, uma exigência. É bem verdade que Teixeira já havia dito isso em 2006, mas como nós temos mémória curta (ele acha) e o fracasso na África foi colocado (por ele) todo nas costas de Dunga, então, que seja feita a renovação.

E é bom mesmo abrir o olhos. Primeiro porque os jogadores que surgiram no Brasil nos últimos anos podem até ser bons, mas estão longe de serem cotados como craques mundiais. Além disso, outras seleções já testaram jovens jogadores e eles virão até aqui, em 2014, com uma ou duas copas do mundo nas costas.

Vejamos a Argentina. Dos principais atletas que disputaram a copa no mês passado, a maioria vai estar entre 26 e 30 anos daqui a quatro anos. Messi, Aguero, Tevez, Higuaín, Otamendi, Mascherano, Romero. Quase todos com carreira consolidada no exterior e com muito tempo para afinar o entrosamento.

A jovem Alemanha não é mais surpresa para ninguém. O ótimo trabalho no continente africano é apenas um cartão de visita do que esses jovens podem fazer. E claro, o próximo estrago pode nos levar a mais uma derrota histórica em casa. Muller, Khedira, Ozil, Jansen e Neuer foram os “jovens desconhecidos” que mais se destacaram. E ainda vale lembrar que ótimos nomes como Schweinsteiger e Mertesacker não terão nem 30 anos no próximo mundial.

E para piorar, a campeã Espanha não tem apenas uma geração excelente. Iniesta, Piqué, Navas, Busquets, Fàbregas, Sérgio Ramos e Pedro são nomes certos para copa 2014. Mata, David Silva, Llorente e também vão ter menos de 30 anos. E o time ainda vai poder utilizar os “novos” veteranos, Xavi, Casillas e Fernando Torres.

Por todos esses motivos, vai ser interessante acompanhar esse processo na seleção verde e amarela. O escolhido deve ter longos dias de trabalho pela frente. E se fracassar não terá o respaldo do chefe, como manda o costume por aqui. Afinal, o "boss" nunca erra.

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